sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Cozinha no Espiritismo

O Centro Espírita possui uma série de trabalhos que desempenha visando atingir os seus objetivos.

Normalmente, encontramos na estrutura organizacional do Centro Espírita as palestras, os estudos doutrinários, as reuniões mediúnicas, a evangelização ou a educação espírita, o atendimento fraterno, os passes, os serviços assistenciais, a biblioteca, a diretoria, o conselho fiscal, o conselho deliberativo, os vários departamentos, dentre outras divisões mais conhecidas.

Ocorre que com “o andar da carruagem” e com as diferentes coordenadorias dos serviços, os trabalhadores vão se afastando uns dos outros, cada qual concentrado em sua própria equipe.

Se a Diretoria não se acorda se formam diferentes panelinhas na instituição, em prejuízo do próprio Centro e da uniformidade da energia que deve haver em toda a Casa. Assim, cada um apenas sabe e se interessa sobre o trabalho da própria equipe, não sabendo e nem se interessando e muito menos se preocupando sobre as outras tarefas existentes na casa, cultivando o pensamento de que “o que interessa é o meu grupo, a minha panela, a minha equipe”, ou o pior, “o meu ego”.

Formam-se assim no Centro pequenas repúblicas, com suas “pequenas autoridades”, muitas vezes não afinadas com a maioria. A direção da casa tem que ter a sensibilidade para divulgar para cada uma das equipes que compõem os serviços oferecidos pelo Centro Espírita, a tabela contendo as atividades da instituição, pois desinformação e falta de comunicação é o pior vício que existe.

Mas não é só isso.

Para dissiparem-se as panelas, é indispensável a manutenção de encontros periódicos entre todos os trabalhadores, colocando-os no grande caldeirão da fraternidade. Mas que não sejam apenas encontros de estudos.

Que sejam encontros gastro-fraternos-culturais, onde além dos quitutes da boa e genuína culinária, haja também os ingredientes do amor, do companheirismo e da solidariedade no trabalho em comum no bem, devidamente acompanhados de temas doutrinários que estimulem a assimilação e prática da proposta ético-moral do Espiritismo.

Texto de Joaquim Ladislau Pires Júnior
Encontrado em www.espirito.org.br



Comentário Malulii


 Quando um grande grupo de pessoas se dividem em pequenos grupos para dividir determinadas tarefas, elas devem lembrar que antes de serem algumas equipes, elas são um grande grupo de pessoas que buscam um objetivo em comum. Dessa forma, uma equipe nunca é solitária em relação as outras e vice-versa. Lembrando que egoísmo não faz parte da doutrina Espirita, levemos em consideração o amor ao próximo, o companheirismo e o bem estar com si e com os outros.

4 comentários:

  1. POis é, querido, o que mais existe em equipe é subequipe e, por extensão, não-equipes. Não é característica única de centros espíritas, ocorre em todinhos os âmbitos: trabalho, prédio, outras religiões. Parece que nascemos com uma crônica incapacidade de não nos identificar com o todo, só com a partezinha mais próxima num raio de 2 metros. Beijos!

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  2. Boas questões levantadas que nos fazem refletir sobre o muito que ignoramos! É como costumo dizer:
    Ser analfabeto não é bom, ser ignorante espiritual é pior.

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  3. Bom postar essas coisas, as pessoas precisam se informar, conhecer antes de qualquer preconceito, o que é comum quando o assunto é esse.
    Ótimo post!



    http://www.alteregodonuti.blogspot.com/

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